Existe ouro na água do mar, e também prata, magnésio, bromo, cobre, manganês, entre diversos outros elementos. Mas antes de iniciar uma corrida pelo ouro marinho é bom ser avisado que a concentração deste ouro na água é extremamente baixa, com uma média de 0,0000000098 gramas (9,8.10^ -9g) do metal para cada tonelada de água. O que já desanima os mais ansiosos pelo enriquecimento, pois as tentativas de extração teriam um custo maior do que o valor obtido pela venda do ouro.
Não se desiste antes de tentar! Foi isto que aconteceu em meados do século XX, quando químicos pensaram que conseguiriam desenvolver um processo para garimpar ouro puro das intermináveis águas do oceano. Até mesmo o famoso químico alemão Fritz Haber, da Universidade de Berlin, abriu mão de anos de sua vida tentando encontrar uma maneira de extrair ouro das águas do mar. Esforço feito no intuito de pagar a divida de seu país, gerada durante a primeira guerra mundial.
Fritz Haber
Os primeiros exploradores do ouro marinho só não contavam com a grande dificuldade que teriam para ter sucesso com essa extração, pois para conseguir um grama de ouro teriam que processar uma infindável quantidade de toneladas de água, isso levaria à gastos tão altos que nem mesmo o ouro que conseguiriam, seria capaz de cobrir os prejuizos.
Talvez se pensassem que o volume aproximado de toda a água nos oceanos é de 1,35.10^21 litros, com cálculos poderíamos chegar ao valor de um total de 14.000 toneladas de ouro em todos os mares. Muito ouro, mas muito diluído.
No entanto, contudo este fato não impediu que muitas pessoas passassem suas vidas tentando obter ouro, ou pelo roubo, transmutação de chumbo pela alquimia ou até mesmo extraí-lo da água do mar. Tudo sem sucesso.
Mais informações em
Gold in seawater
Earth and Planetary Science Letters
Volume 98 (2), Maio 1990, páginas 208-221