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Sementes de radônio


Sementes para braquiterapia – contendo césio-131

Foi em 1899 que Robert B. Owens e Ernest Rutherford deram início à descoberta do elemento radônio, elemento esse de isótopo 222 Rn, com sua meia-vida de 3,823 dias e emissão de radiação alfa. De origem da desintegração do elemento rádio.

Apesar de ser um elemento altamente radioativo e a inalação ser um dos grandes riscos, por suas partículas alfa serem altamente ionizáveis, ele foi muito utilizado como fonte de radiação em canceroterapia, ou seja, pela qual o paciente passa por uma técnica chamada “Braquiterapia”. Essa técnica utiliza-se de sementes (pequenas cápsulas) contendo uma diminuta quantidade de material radioativo, que em alguns casos era de radônio. Neste procedimento pequenas agulhas de ouro cheias de gás de radônio, eram inseridas na área tecidual do paciente ficando fixa bem próxima ao tumor entre 5 a 7 dias, para que fosse administrada toda a dose de radiação, sendo esta de curta duração podendo a vir a cessar num intervalo de 30 dias.

Atualmente não é mais tão comum o uso do radônio para essas aplicações e sim outros materiais, como por exemplo, o isótopo irídio na forma de fio, semente de ouro e iodo para tratamentos com doses mais baixas e irídio em fonte única de altíssima energia para tratamentos com doses mais altas, entre outros isótopos radioativos.

Os pacientes que se beneficiam com esse tratamento vem tendo uma boa tolerância às radiações e normalmente são submetidos a um tratamento de curto prazo. Fazendo com que a braquiterapia venha ter uma papel incisivo no tratamento de tumores.

Fontes:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_4/09-EQ10909.pdf
https://seer.upf.br/index.php/rfo/article/view/597/390