O destino do plutônio e do urânio das bombas nucleares desmanteladas depende do país específico e das políticas que eles adotam para administrar seus materiais nucleares. Em geral, existem algumas opções diferentes para o que pode acontecer com o material.
Uma opção é reutilizar o material em um programa nuclear civil, como para geração de energia ou produção de isótopos médicos. Isso é particularmente verdadeiro para o urânio, que pode ser reenriquecido e usado como combustível para usinas nucleares.
Outra opção é armazenar o material em uma instalação segura, como um local de armazenamento de armas nucleares ou um depósito de lixo nuclear. Este é frequentemente o caso do plutônio, que é um material altamente tóxico e potencialmente perigoso que requer manuseio e armazenamento cuidadosos.
Em alguns casos, os países também podem optar por descartar o material, seja enterrando-o em um depósito seguro ou processando-o de alguma forma para torná-lo menos perigoso. Os métodos exatos de descarte podem variar dependendo do tipo específico de material e dos regulamentos e políticas em vigor no país em questão.
Vale a pena notar que o destino dos materiais nucleares está frequentemente sujeito a tratados e acordos internacionais, como o Tratado de Não-Proliferação e o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares, que buscam impedir a disseminação de armas e materiais nucleares.
Os Estados Unidos se comprometeram em manejar de 34 toneladas de plutônio excedente que seria usado em armas nucleares, o que seria suficiente para fabricar cerca de 5.000 bombas.
A abordagem atual dos EUA baseia-se na eliminação do plutônio irradiando-o como combustível MOX – uma mistura de plutônio e óxidos de urânio – em reatores nucleares comerciais modificados. No entanto, essa abordagem enfrentou desafios técnicos, financeiros e políticos e foi criticada por alguns especialistas como insegura e ineficaz.
Uma abordagem alternativa proposta pelo Departamento de Energia dos EUA é diluir o plutônio com materiais inertes e descartá-lo em um repositório geológico profundo, como a Waste Isolation Pilot Plant (WIPP) no Novo México. Espera-se que esta abordagem seja mais rápida, barata e segura do que a opção de combustível MOX, mas também levanta algumas preocupações ambientais e legais.