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Nobreza perdida


Este ano (2012) completam 50 anos que os gases nobres perderam um pouco de sua nobreza.

Os gases nobres – hélio, neônio, argônio, criptônio, xenônio e radônio* – são assim chamados pois na época da denominação eram julgados como sendo não reativos, ou seja, permaneceriam imaculados e não reagiriam com nenhum outro elemento.

A perda desta ´nobreza´ ocorreu em 1962 quando o químico inglês Neil Bartlett conseguiu realizar a síntese do composto hexafluoroplatinato de xenônio Xe+[PtF6].

A ideia de reagir algum composto com um gás nobre ocorreu à Neil Bartlett quando percebeu que os colegas obtinham sucesso de reação do poderoso agente oxidante PtF6 (hexafluoreto de platina) até mesmo com o oxigênio.
O2 + PtF6 –> O2PtF6

Para lembrar o feito de Bartlett a University of British Columbia, no Canadá, realizou em março seminários sobre a reatividade dos gases nobres.

Fonte: A half century for the noble gases

*O elemento Uuo (Ununóctio), de número atômico 118, não foi incluído na série de gases nobres pois as pesquisas de síntese deste elemento ainda estão em fases iniciais.

Texto escrito por luisholzle@unipampa.edu.br. Química (Licenciatura) – Universidade Federal do Pampa.

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