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Do que é feito o Universo?


A vasta maioria dele é feito dos elementos leves hélio e hidrogênio. Todos os outros elementos na tabela periódica consistem apenas uma fração do todo.

Elementos mais pesados do que o hidrogênio é o hélio são forjados em estrelas, e durante suas mortes explosivas como supernovas. As supernovas do Tipo 1a são as forjas mais eficientes da natureza. A explosão cria uma vasta quantidade de elementos pesados, e os espalha pelo espaço.

Suzaku é um observatório de raios-x que está em orbita, e é operado pela Agência Espacial Japonesa em conjunto com a Nasa. E recentemente detectou os metais cromo e manganês no espaço intergalático. E é a maior concentração destes elementos raros no Universo. O Suzaku estava observando os raios X que brilham na região central do aglomerado de galáxias Perseus, e detectou os metais no gás intergalático tênue e quente. O gás é tão tênue que está muito próximo do vácuo, mas preenche um volume de espaço no aglomerado entorno de 1,4 milhão de anos-luz.

As supernovas forjaram os metais e os expulsaram da galáxia, mas uma única explosão estelar não foi poderosa o suficiente para fazer o trabalho. Isto necessitou um período maior do que o normal de mortes e nascimentos de estrelas. Estes starburst em uma galáxia despertou vastos fluxos de matéria chamados de superwinds (superventos). Os elementos pesados formados pelas supernovas aproveitaram os superwinds até o espaço intergalático.

Uma única supernova pode produzir cromo em uma escala de milhares de vezes a massa da Terra. Os astrônomos do Suzaku estimam que foram necessárias 3 bilhões de supernovas para forjar o tesouro que encontraram no aglomerado de Perseus.

O reservatório total de metais encontrados pelo Suzaku é ainda mais impressionante. A região central de Perseus abriga 30 milhões de vezes a massa do Sol em cromo. Em torno de 10 trilhões de vezes a massa da Terra.

A investigação do Suzaku sobre a química no Universo só está começando, mas já revelou o quão raros e preciosos são alguns recantos do Cosmos.

Veja este assunto no vídeo abaixo.

Texto escrito por Prof. Dr. Luís Roberto Brudna Holzle ( luisbrudna@gmail.com ).

Tags: astronomia