Diamante Hope – Azul e cheio de histórias

Quando falamos em diamante a imagem que primeiro vem à mente é de uma belíssima joia, límpida, valiosa e muito brilhante. E para os mais acostumados com a química, também é onipresente a lembrança de ser uma forma alotrópica do carbono.

Mas os diamantes reservam ainda mais surpresas. E uma delas é a existência de diamantes coloridos, e em diversas tonalidades. Em alguns casos estas cores podem ser planejadas no momento de uma manufatura de um diamante sintético.

Nos diamantes naturais, uma das colorações possíveis é de um tom azulado. E um dos responsáveis pelo azul é a condição de presença de pequenas quantidades (1 a 10ppm) de boro na estrutura do diamante.

Um dos mais famosos nesta classe é o diamante Hope. Com sua longa e maravilhosa história, envolvendo roubos, posse pelo rei Luís XIV da França, longos anos sem localização conhecida, e até uma lenda de maldição sobre quem possuir a peça, provavelmente inventada para tornar o seu mistério ainda maior.

Tão longa história não encontra o digno espaço neste texto, e você pode encontrá-la em livros, documentários e palestras, tal como a presente no vídeo logo abaixo.

(em inglês, sem legendas em português)

Atualmente pertencendo ao acervo do Instituto Smithsonian, o diamante Hope foi doado pelo joalheiro Harry Winston, que resolveu enviar pelo correio a joia de valor inestimável. Ele afirmou que sempre utilizava este método, por ser a forma mais segura e discreta de entrega.

Using phosphorescence as a fingerprint for the Hope and other blue diamonds
Geology 2008 v. 36 no. 1 p. 83-86

https://dx.doi.org/10.1130/G24170A.1


Diamante com fosforescência vermelho-alaranjado ao ser exposto a luz UV.

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Texto escrito por luisholzle@unipampa.edu.br. Química (Licenciatura) – Universidade Federal do Pampa.

3 comentários

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